De repente ele não é apenas aquele menino com o qual eu vivia brigando, pedindo aos céus que lhe trouxesse maturidade. A maturidade ainda não chegou, mas algo em volta de seu corpo parece me chamar atenção, talvez seja a aura.
Pele queimada de sol, sorriso perfeito e toque bruto.
Como alguém pode me fazer sorrir com tanta asneiras e conseguir ser o cara mais fofo do mundo em menos de cinco minutos? Eu queria ser fofa como ele. Às vezes dá vontade de apertar, botar no colo e levar para casa, mas às vezes dá vergonha de andar na rua com alguém tão inquieto e sem noção.
É estranho, mas ele é assim. Meio ogro, meio doce. A Tati o chamaria de Ogrodoce.
Seus braços fortes e seguros permitem que meu corpo sinta-se livre, enquanto suas mãos seguem contornando minhas pernas os nossos olhos se encontram e sorriem. Minhas mãos leves tocam as tuas e o que acontece depois não tem nada a ver com amor ou paixão, são apenas dois corpos livres e seguros.
A Tati citada é a Bernardi. O título do texto é baseado no texto dela chamado "Ogrodoce".
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