O caminho continua e se olhar pra frente conseguirá enxergar o final dessa estrada. Caminhamos juntos até aqui, tomamos alguns atalhos sozinhos, mas no final deles sempre nos encontramos.
Temos que nos despedir uns dos outros, temos que nos despedir das antigas conquistas e da antiga vida, temos que chorar e nos declarar. Fazer uma loucura no último verão talvez seja a solução para espantar o medo que nos impede de tentar.
Continuo cheia de dúvidas, observando o passado se afastar, mas faz parte da vida tudo acabar. Sei que está com medo também, e que deseja parar. Não quero que amaldiçoe a vida, nada disso irá adiantar, basta saber que estarei aqui para lhe ajudar caso precise.
Até em sonhos temos que fazer escolhas, por tanto não venha me dizer que tudo não passa de destino. Eu devia estar aqui, devia viver tudo o que vivi, devia presenciar tudo o que vi, chorar, fraquejar e odiar tudo e a todos com a mesma intensidade, caso contrario não haveria historias e nem amadurecimento.
Assim como os momentos se tornaram lembranças, as lições se tornaram parte de mim.
Quando conhecer o fim verá que não há luz ou uma mão estendida, e sim algo chamado esperança, ou se preferir, amor próprio.
Não é meu dever criticar a vida, apenas faz parte de mim questionar. Estou aqui para lhe contar minhas histórias, você pode gostar ou achar que tudo o que fiz foi besteira, mas sabe que uma hora ou outra terá que acordar.
Existem algumas pessoas que se intitulam amantes das mudanças, talvez eu tenha sido uma delas há algum tempo atrás, mas o tempo passa rápido demais e muitas vezes piscar os olhos já é perda de tempo. Então para que amar as mudanças se sequer consigo acompanhá-las?
Você não pode parar de viver, o tic-tac que o relógio faz é para lembrar que os segundos estão te esperando.
Cada vez que respirar saberá que estar viva não é apenas dormir e acordar, então acorde de vez! É hora de correr para longe demais ou perto o bastante, se preferir.
Apenas viva melhor do que ontem e pior que amanhã, me prove que também posso tentar.
Ás vezes, me pego distraída encarando uma folha em branco, tentando transformar meus sentimentos em palavras. É impressionante o modo como nossas vidas tomaram caminhos diferentes e ainda assim vivem a se encontrar.
Pensar no futuro se torna cada vez mais complicado, aos 17 as futuras responsabilidades enfraquecem meus sonhos. É fácil se distrair com algumas festas, freqüentes copos de bebidas, piadas mal contadas e garotos sem conteúdo, mas logo essas coisas perdem a graça.
Era fácil quando o essencial para sobrevivência era apenas respirar. Faz tempo que fugir não funciona, onde quer que esteja cada passo a diante segue acompanhado de mais problemas e cada escolha é o inicio de um novo caminho.
Corro para me distanciar de momentos que podem tocar o que há aqui dentro de mim, a dor se torna comum e a luz do sol te lembra dias nos quais você se sentiu parte do mundo. Se trouxer diversão será bem-vindo, caso contrário, com licença já estou indo!
Sem precisar lembrar das coisas que me fizeram mudar, perdi meus amigos e meu amor próprio, sinto como se todos a minha volta rissem do meu fracasso.
Não é minha culpa se não consigo suportar mais distancia, eu estou sempre fazendo promessas e repleta de esperança. Eu usaria minhas lágrimas caso houvesse restado alguma, lhe pediria para ter mais paciência, e lhe pediria desculpa caso ainda houvesse culpa.
As perdas fazem parte da vida, como em um pesadelo, acordamos e tentamos esquecer.
Nada é eterno e o fim esta mais próximo do que imaginamos.
Perdi a conta do tanto que perdi, foram poucas as coisas que consegui preservar.
Eu te vi chorar sem poder fazer nada, o mundo caiu sobre meus pés e não fui capaz de levar comigo tua dor. Enxerguei além do que teus olhos mostravam, compartilhamos a perda e a ausência de esperança.
Esqueci minhas lágrimas, agora devo secar as tuas. Desejei desaparecer, correr e levar comigo tua dor.
A gente se esforça para crescer, faz de tudo para não magoar, tentando proteger o que já é intocável. Escondemos os defeitos e vamos em busca de novas qualidades, só para ter mais uma chance de conhecer o amor.
Fingimos não aprender o verdadeiro motivo de tudo desmoronar quando o assunto são nossas conquistas, inventamos motivos para continuar vivendo o que já provou ser um erro.
Tentei te proteger escondendo o monstro que há dentro de mim, com silenciosas desculpas regadas à lágrimas, evitando o fim. Me custa acreditar que é ele o causador dessa angústia, me custa aceitar que alguém pode amar quem esqueceu o que é amor.
Nunca mais brinquei com bonecas, enjoei do clássico esconde-esconde, desisti de chorar no colo dos meus avós e parei de tapar os ouvidos quando me falam o que não quero escutar. São apenas mudanças, imperceptíveis talvez.
Deixei para trás a garotinha que se escondia embaixo do cobertor e me despedi da menina que fazia caretas em frente ao espelho. Foram tantos saltos roubados e tantos segredos revelados, momentos que se tornaram lembranças.
Ouvi boas vindas, elogios e críticas. Ganhei um novo apelido, colori o cabelo, maquiei os olhos e cuspi críticas. Aprendi a enxergar além do que as pessoas costumam mostrar, aprendi a esconder, a argumentar e a conter as lágrimas.
Você notou que a responsabilidade aumentou e o amor não foi suficiente para sustentar os problemas? As coisas que um dia jurei serem eternas desabaram rápido demais e não fui capaz de reerguê-las.
Ontem eu estava me questionando, tentando entender o que fez tudo isso acontecer. Hoje me peguei pensando, estava perdida em uma montanha de problemas.
Onde me perdi? Quais foram as escolhas que me trouxeram até aqui?
Onde errei? Em que eu acertei?
Mais uma vez sinto vontade de me isolar do mundo, dar um tempo em tudo e só voltar quando as coisas voltarem a se encaixar. Tudo parece incerto demais, como se a qualquer momento as coisas pudessem se repetir.
Seria mais fácil caso você estivesse certo, mas não está. Seu egoísmo lhe tornou um monstro cuja dor é essencial para a sobrevivência e seu novo objetivo passou a ser causar meu fracasso.
As lágrimas continuam molhando o que foi um lindo e emoldurado cartão de visitas, elas escorrem sem parar. Você diz que faz parte da vida se decepcionar e aquele abraço que havia me prometido ficou perdido no meio de antigas promessas.
Quer me fazer acreditar que sou culpada pelo fim, mesmo sabendo que foi você quem me disse adeus. Desculpe, sei esconder o amor atrás de qualquer desculpa, mas a frustração permanece estampada em minhas palavras.
É fácil ignorar essa angústia quando minha mente se distrai com frases inquietas, é fácil guardar essa dor enquanto os batimentos são silenciosos. São apenas palavras, são apenas feridas. Eternas feridas.
Meu amor se despedaçava a cada frase dita regadas de ironia e arrogância, sem pensar no que te fez mudar, me despeço das lembranças.
Aquela noite estava fria e eu me sentia mais do que apenas sozinha.
Haviam tantas faces idênticas que ficou difícil reconhecer, as mudanças estão estampadas em meu rosto e as dúvidas escondidas em meu peito.
As pessoas ao meu redor eram facilmente ignoradas, vozes de todos os lugares me lembraram o fim de uma história estranhamente familiar.
Eu tremia e meu corpo se encolhia a cada batida acelerada do meu coração, me escondia de cada par de olhos que me reconheciam. O meu esconderijo é pequeno demais, real o bastante para me causar dor.
Você me procura em todos os lugares, sai em busca do que perdeu. Olhando em meus olhos você percebe que foi em vão e que sempre será, não é possível achar o que foi perdido nesse lugar.
Perdi as palavras, mas não foram apenas elas que me abandonaram. Olhar para trás tem se tornado ainda mais tentador, velhas lembranças se tornaram meu refúgio.
Correr para onde se o paraíso é aqui? Ficar para que se isso parece mais um inferno? Em um piscar de olhos tudo muda.
Querem me ouvir pedindo ajuda e implorando perdão, querem uma réplica da perfeição, mas esquecem que tudo não passa de imaginação, e que o real é mais sombrio e menos tentador do que qualquer criação.
Ás vezes eu só quero recomeçar, conhecer uma nova cidade e frequentar outro lugar. Quem sabe viajar pelo mundo em busca de tudo, esperando encontrar absolutamente nada? Apenas um sonho escondido atrás de um par de olhos difíceis de ler.
Idas e vindas fazem parte do que criamos e do que vivemos, só não tente me convencer de que será fácil, eu já desisti de tentar entender.
Cada pessoa que passa por aqui deixa marcas, pegadas e lembranças.
Quero tanto reviver o passado que não consigo me despedir, dar boas-vindas ao futuro se tornou um desafio pra mim. Você sabe tanto quanto eu, nós nos perdemos no meio desse caminho.
Decorei tuas palavras de conforto, ensaiei minhas explicações, tentei te mostrar tudo como vejo. Você esqueceu, deixou pra lá, construiu um novo mundo onde eu não pudesse entrar. Disse adeus, desistiu de tentar consertar um erro do qual nunca irá se perdoar. Você tentou, apenas tentou.
Você queria algo mais do que apenas lembranças daquele verão, queria levar contigo um pedaço do que restou do pra sempre.
Eu mudei, tenho mudado dia após dia. São novos sentimentos, novas decisões.
Quando você me diz o que sente, meu rosto aquece e posso jurar que o tempo para.
Quando você me faz promessas, meu coração acelera e vivo a sua espera.
Meus olhos estão cegos, afogados em uma piscina de esperança.
Minha vida tem tido muitos altos e baixos, muitos erros e acertos, mas hoje sinto necessidade de gritar ao mundo que nada vai me abalar. Se amanhã tudo mudar e eu voltar a me perder, vou lembrar de como foi bom perder a noção do tempo pensando em você.
Afinal, só você pode me ter nas mãos, só você me faz sonhar. Tu me trás o calor que a tempos deixei escapar.
Em um dia de inverno, claro e frio, me pego observando o céu. Mesmo após a pior das tempestades, ele me trás uma calma que preenche meu interior e enxuga minhas lágrimas.
Na escuridão que se tornou meu quarto, sinto-me perdida, o medo tomou conta dos meus pensamentos, o familiar aperto no peito torna tudo mais sombrio e meus problemas se tornam cada vez maiores.
Palavras ousadas são como punhais, então peço que reveja seus atos, porque a única coisa que restará são lembranças e quando se trata de você restam somente as piores delas. Eu poderia lhe dizer que me decepcionei, mas você já sabe disso e meu coração encontra dificuldades para distinguir o que é bom e o que é ruim pra mim.
Apontar os erros alheios é como um esporte para a sociedade, nós acreditamos que faz bem a saúde e nos torna menos pior.
Eu sofri com as mudanças, fiz questão de te mostrar que não era aquilo que eu queria, eu apontei teus erros e ri dos teus fracassos.
Agora estou aqui tentando ser quem não sou, escondendo minha raiva e meu desapontamento para fazer outro alguém sorrir, para dar a ele tudo o que sempre quis.
E você me diz que errou, que valeu a pena tentar e abrir os olhos, valeu a pena dar mais uma chance.
Eu gostaria muito de fechar os olhos e viver apenas por esse nosso amor, mas a dor é como um boomerang que vai-e-vem com uma rapidez inacreditável. Tento esconder as lágrimas que lutam para escapar, mas elas escorrem sem aviso prévio, vão aquecendo e molhando meu rosto frio.
Já olhou para trás e se arrependeu de milhares de coisas que fez sem pensar? Ou nas que pensou tanto que acabou não fazendo? Tentei concertar pequenos erros e disfarçar alguns acertos, mas não funcionou, nada melhorou. Já te dei boas-vindas e te deixei entrar, como é que faço pra te expulsar? Você não faz ideia de como me machuca.
Havia esperança em meus olhos, pensei que tudo pudesse ter um novo inicio, mas você me mostrou que era só esperança. Então, vá embora. Mas vá por inteiro e leve contigo todas essas lembranças.
Dói não ver solução alguma além do fim.
Por que não abre meus olhos e me mostra outra saída? Entenda meus defeitos que eu te deixo ficar. Eu não quero ver isso acabar.
De longe eu vejo a chuva cair e encharcar o que parecia a miniatura da cidade, é impressionante como algo tão bonito poder ser tão catastrófico.
O ser humano é o ser mais imperfeito que ainda insiste em buscar perfeição, tolo.
Escrevo em busca de algo que me faça sorrir e tire essa angústia de mim, quero chorar até as lágrimas acabarem, descontar minha raiva em todos os objetos que estiverem ao meu alcance, quero desistir mais uma vez.
Ao crescer, aprendi a me defender com as poucas armas que me restaram, gostaria de recuperar minha voz e gritar o suficiente para essa dor acabar, gostaria de desaparecer todas as vezes que você cruzasse o meu caminho.
Tentei me esconder de tudo o que estava acontecendo, tentei me distanciar de qualquer pessoa que tentasse se aproximar. Fiquei tão preocupada em tentar desaparecer que acabei me perdendo no meio dessa explosão de acontecimentos.
Você pode criar mil máscaras, esconder seus sentimentos e tentar esconder sua real personalidade. Você pode controlar sua raiva, disfarçar desejos e viver sempre com medo. Você pode ser, fazer ou dizer, mas sempre será tudo, menos você.
Irá passar por lugares que jamais imaginou existir, sentir coisas diferentes, olhar para frente em busca de novos sentimentos...
Então respire fundo antes das lágrimas chegarem, dê uma risada escandalosa a cada segundo de sua felicidade instantânea. Jogue tudo para o alto e finja não escutar o que as outras pessoas dizem.
Vá buscar por adrenalina, deixar a liberdade cortar teus lábios, correr descalço na grama, deixar o cabelo dançando ao vento e tentar iniciar um voo. Vá tentar, apenas tentar... Quem sabe dá certo?
Lágrimas não vão solucionar os seus problemas.
Um grito preso na garganta, um travesseiro molhado de lágrimas e uma vida sem rumo, tão dependente de ódio e rancor que talvez seja só isso que sou capaz de sentir. Perdi muitas coisas dentre elas a vontade de viver, esqueci até mesmo como se faz para esquecer.
Meus olhos se camuflaram tanto que nem o medo é capaz de transparecer. Por que eu sinto essa constante necessidade de gritar? Sempre me pego olhando para o nada, presa na dor imensa que vira-e-mexe me perturba.
Sei bem o que vão achar, por isso faço questão de esconder e muitas vezes guardar o que tenho pra falar. O que todos vão dizer quando as minhas desculpas acabarem? Talvez seja tarde demais para tentar mudar as coisas.
Nunca mais brinquei de boneca, achei desnecessário chorar no colo dos meus avós e parei de tapar os ouvidos quando me falam o que não quero escutar. Foram tantos saltos roubados, tantos choros sem motivos.
Me despedi da menina que se divertia em frente ao ventilador e dei boas-vindas a nova garota, aos novos apelidos e novos amigos. Mudanças tão imperceptíveis...
Aprendi a enxergar além do que as pessoas costumam mostrar.
Sinto vontade de guardar as minhas lembranças em uma caixa e enterrá-la, guardar tudo o que passou para que eu jamais esqueça o que vivi. Nunca vou deixar de sentir falta da garota que deixei para trás, jamais deixarei de sentir dor nas cicatrizes que ela me deixou.
Não que eu queira reclamar do tanto que as coisas mudaram, só queria melhorar tudo. Não que eu queira chorar todas as vezes que me magoam, só não consigo evitar essas minhas ações automáticas.
Tudo está mudando mais uma vez, depois de tantas experiências de fracasso eu ainda insisto em buscar respostas. Não tente se enganar ou perder tempo tentando me explicar, é como se o pouco de esperança que havia me restado estivesse acabando, como se a luz que havia dentro de mim tivesse se apagando.
Estou tentando escapar dessas novas mudanças, levar minha vida para uma outra direção, mas parece que nada é bom o suficiente para prender minha atenção. Embora meus olhos inundados implorem por ajuda, ninguém pode enxergar.
Quando há goteira em uma casa, costumamos colocar um balde embaixo dela para evitar que molhe todo o lugar. O balde recebe gotas e mais gotas a todo instante, ele precisa ter estrutura suficiente para suportar uma boa quantidade de água, caso contrario transbordará e molhará todo o ambiente.
O meu balde transbordou, molhou todo o meu interior e eu não consigo dar conta de tantas lágrimas, elas estão por toda parte, não consigo conte-las. É uma dor diferente, como se algo apertasse meu coração e me fizesse sentir vontade de gritar, mas eu estou sem voz e as lágrimas dificultam a minha respiração.
Sinto-me tão inútil, tão cheia de defeitos, tão imperfeita. Eu jurei que jamais voltaria a sentir isso, achei que já estivesse preparada, que já tivesse aprendido o suficiente para me proteger. Para variar, me enganei, eu vivo me enganando tanto comigo que me torno ainda mais vulnerável para as outras pessoas.
A borboleta segue voando por aí,
batendo suas asas em nenhuma direção específica
procurando um novo lugar para pousar.
Buscando motivos que lhe façam ficar.
Se for bom tudo bem,
se for ruim, um dia lhe fará bem também.
Eu gosto de falar sobre tudo o que me faz pensar,
gosto de contar histórias,
de canções que conseguem me tocar,
de sonhar e acreditar que tudo vai passar.
Eu gosto pelo simples fato de gostar,
sem pensar se pode ou não me machucar.
Os erros também serviram para me ensinar,
me mostraram até onde posso chegar,
e tuas palavras não me deixaram esquecer
o quanto foi duro acreditar em tudo o que você passou a buscar.
Todos seguem seu caminho, eu sei
mas jurei que os nossos iriam se cruzar.
Não aponte minhas qualidades, garotas estranhas preferem verdades. Aqui onde eu vivo não existem certezas, é um mundo cheio de palavras e promessas. Sinto-me tão frágil, tentando me esconder dos outros, tentando disfarçar o que só você consegue notar.
A briga aqui dentro é eterna, enquanto o tempo passa, vivo como um drogado em meio a sua reabilitação, sempre cheio de desejos e empecilhos, tentando controlar o que é impossível.
Cada dia é diferente, cada decepção atrai mais confusão dentro de mim, muitas vezes não sei onde estou e o que estou fazendo, sinto-me sufocada a maior parte do tempo, sinto como se fosse explodir a qualquer momento.
Eu gostaria de ter coragem suficiente para seguir em frente sem olhar para trás, esquecer os traumas, esconder os medos e me arriscar. Por aqui os mais fortes esqueceram de ganhar, estão preocupados tentando se lamentar.
Depois de tanto tempo, fingir se tornou bem mais fácil, o problema é que eu estou cansada de mentiras... Eu achei que com você eu poderia ser sempre verdadeira, achei que teria sempre uma mão pra segurar, e hoje o que me resta?
Ás vezes, necessito de qualquer um que se sente ao meu lado e me dê toda a atenção do mundo por apenas um minuto, poucos segundos já bastam. Já tentei não me abalar com essas ausências constantes mas é inevitável, é como tentar lutar contra meus sentimentos.
Juro que gostaria de fechar os olhos e desaparecer, sumir sem ninguém sequer saber, eu gostaria de poder desabar mais uma vez, me acabar em lágrimas e gritos. Mas de nada adiantaria, as lágrimas secaram e a voz se foi, hoje só me restam essas palavras mal escritas.
De tudo o que passou tão pouco restou, as coisas vão mudando e se desgastando pouco à pouco, nessa confusão de sentimentos ficou difícil saber o que fazer ou à quem fazer. Minha mente vaga em busca de novas lembranças.