Era noite e eu não conseguia dormir, parecia que o barulho do vento estava dentro de mim. Me senti vazia, então procurei por todas as minhas conquistas, mas o escuro não me deixou encontrá-las.
No meio de tanta inquietação ouvi "Acenda a luz! E coloca pra tocar aquela música animada que tu não para de cantarolar a dias.", era uma voz familiar, parecia com a... Minha? Obedeci e foi então que entendi, às vezes os meus traumas viram monstros, e para provocar essa alma inquieta eles apagam as luzes da minha mente, jogam com a minha esperança e me deixam cega a ponto de não enxergar de forma alguma tudo de bom que me rodeia.
Tenho um coração a pulsar, um amontoado de pessoas espremidas para caber na foto, tenho músicas que mais parecem pessoas, tenho amor guardado, esquecido e recebido, tenho colegas que não cabem nos dedos, tenho cartas de amor, de amigos, de família, tenho momentos, lugares, sonhos e necessidades, tenho pouco, mas que as vezes parece tanto que mal cabe aqui dentro.