Eu já escrevi sobre nós inúmeras vezes, mas nunca sobre você. Lembra dos apelidos e da paz que tínhamos há quatro anos atrás?
Hoje você é um cara que se esconde dentro de um garoto que não sabe o que quer, isso me amedronta, mas não a ti. Queria entender como é viver em uma prisão, para te contar como se libertar. Tu quer o que te convém, o que é fácil e o que não vai fugir.
Eu poderia passar a tarde inteira escrevendo teus defeitos nesse papel amarelado enquanto o sol vai embora, mas o que me chamou a atenção não foram eles e sim um sorriso tão brilhante e convidativo que fez de mim uma viciada em sorrisos.
O carinho, as verdade, a luta e o até mesmo o medo de arriscar são o que te faz brilhar entre os outros. Duas paixões resultaram em uma amizade que nunca morreu e um sentimento tão maduro que não arranha a garganta e nem arde os olhos.
Cara, como tu é estranho, quando tropeça por ai e come sanduíche babando maionese, quando fica bravo e não assume, quando usa as minhas palavras contra mim e até quando gruda e não quer soltar.
Título baseado na música "Cara Estranho" do Los Hermanos.
Já perdi as contas de quantas coisas boas o mundo já me proporcionou, e digo o mesmo sobre as coisas ruins. Me disseram uma vez que Agosto era o mês do desgosto e por muito tempo acreditei, mas hoje decidi o rotular como o mês das descobertas.
Sem querer, um dia desses tomei caminhos que trouxeram as respostas que sempre procurei, não serei hipócrita, ainda me sinto perturbada nas noites inquietas lembrando de todos aqueles que amei e dei um pedaço de mim. Mas ok, eu sou como uma borboleta, lembram? Também distribuo adeus algumas vezes e permito que todos que passam por mim deixe sua marca em minhas asas.
Coisas ruins acontecem a quem permite, eu com aquela mania de descobertas entendi tudo o que tem passado ao meu redor e roubado a minha energia, me mostraram que ser especial requer uma paz espiritual.
Eu carrego comigo um símbolo que representa a eternidade. Mais que isso, eu carrego comigo um símbolo que me lembra um laço que nunca quis desfazer.
Tenho medo de largar o passado, então ele se aproveitou de mim. Grudou feito chiclete em meu sapato e desde então eu insisto em não desgruda-lo, o carrego feito corrente em meus pés, sempre me empurrando com força absurda para baixo, tapando meus olhos para o futuro.
Eu aprendi sem querer, após tentar chorar na tentativa de desfazer o nó em minha garganta, que tudo passa: o tempo, as pessoas e os sentimentos. E que infelizmente, sentimentos não são como espelhos.Vou amar-te diferente e aprender, um dia, a largar tua mão. Deixa-lo partir para quando for a hora certa tu retornar.
Como havia dito, eu carrego comigo um sentimento que não tem fim, é infinito.