Nunca mais brinquei de boneca, achei desnecessário chorar no colo dos meus avós e parei de tapar os ouvidos quando me falam o que não quero escutar. Foram tantos saltos roubados, tantos choros sem motivos.
Me despedi da menina que se divertia em frente ao ventilador e dei boas-vindas a nova garota, aos novos apelidos e novos amigos. Mudanças tão imperceptíveis...
Aprendi a enxergar além do que as pessoas costumam mostrar.
Sinto vontade de guardar as minhas lembranças em uma caixa e enterrá-la, guardar tudo o que passou para que eu jamais esqueça o que vivi. Nunca vou deixar de sentir falta da garota que deixei para trás, jamais deixarei de sentir dor nas cicatrizes que ela me deixou.
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